domingo, 20 de outubro de 2013

Pvem Pcan Ptar




Agora que já passei (ufa!) da fase de cair na cama esgotada, dormir em pé e passar o dia com sono e olheiras, tenho vivido um outro dilema relacionado à hora de dormir: o de conseguir tal feito, com as músicas infantis tocando incessantemente na rádio da minha cabeça. Sério. Noite passada me revirei umas trinta vezes na cama, repassando a letra da velha que tinha um pintinho. Quando eu tentava me concentrar e mudar de música,vinha a a da árvore no buraco e o buraco no chão, e a grama que foi crescendo por todos os lados sem parar. E então entra a galinha. E a formiguinha que não parava de subir (por mais que se sacudisse). E a borboletinha que não sai da cozinha. E o mestre André, dono da loja que a banda As Naftalinas compraram um pifarito. E por aí vai. Me dei conta que desde que a Cecília nasceu eu posso contar nos dedos as vezes em que escutei as minhas músicas. Logo eu. Quem me conhece sabe da paixão por música, da minha audioteca infinita. Percebi que esqueci várias letras de músicas que eu gostava e ouvia com uma certa periodicidade. Percebi que eu deixei de lado as horinhas navegando no Youtube procurando músicas novas, versões para o que eu já gostava. Agora eu procuro artistas com nomes como Bita e Os Animais. Mas sei que é uma fase. Aos poucos vou introduzindo para a Cecília as coisas que eu gosto, familiarizando ela com coisas menos coloridas (já tentei o Palavra Cantada e a Arca de Noé mas ainda não funcionou muito bem).  O que me leva a outra questão: como é que as mães de antigamente faziam para distrair as crianças enquanto realizavam suas tarefas em casa antes do advento desses desenhos musicais tão atrativos para os bebês? Sim, porque, embora eu não deixe a minha filha o dia todo em frente à televisão, aqui em casa é a unica coisa que funciona por mais de meia hora, tempo que eu posso tomar um café sossegada, arrumar a cama, dar um geralzinha na casa sem me preocupar tanto. Não consigo imaginar como elas davam conta.Faziam as coisas com os bebês no colo? Que horas e como elas iam ao banheiro? Como conseguiam fazer almoço todos os dias, lavar fraldas de pano, engomar as golas e os punhos das camisas dos maridos com uma criança pedindo atenção? Será que as crianças de antigamente demandavam menos atenção? É claro que eu também tenho aquela preocupação toda de deixar a criança muito exposta à tv e tal
,e era até contra bebê assistir televisão, mas ser mãe é pagar a língua. Sempre.  Contudo, confesso que me sinto super mal quando a minha filha não me dá atenção se estiver tocando algo que ela goste. É muito chato perder para a Galinha Pintadinha. Ou para os Pequerruchos. Pro Patati e pro Patata então, nem se fala.  

Um comentário:

  1. Como mãe vou dizer, não era mole não e eu que nunca fui de cantarolar e nem de contar estorinhas................

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